Ameaça separatista no Brasil
A integridade territorial do Brasil está ameaçada pela venda descontrolada de terras férteis e de ricos sites para exploração mineral, pela expansão criminosa de direitos indígenas e por falsas reivindicações quilombolas. A criação indevida de propriedades pessoais e de “nações”, principalmente em áreas de fronteira, em curto prazo, poderá permitir reivindicações étnicas e separatistas, bem ao gosto de interesses econômicos transnacionais.
A Imprensa vem nos dando conta da venda descontrolada de terras brasileiras a estrangeiros. Segundo o INCRA, apenas 20% delas foram cadastradas e correspondem a 0,6% do território nacional; portanto, o total equivale a cerca de 3% do espaço brasileiro, o que é bastante significativo e preocupante. E mais: as vendas vêm aumentando em ritmo crescente, em particular no Centro-Oeste, no sul do Maranhão, no oeste da Bahia e no Pará.
É um verdadeiro neocolonialismo, com a inaceitável desnacionalização de importantes tratos de terra do País, férteis para a agricultura de larga escala e, principalmente, ricos em minérios, água doce e biodiversidade, uma porta aberta para transnacionais predadoras de nosso patrimônio.
Isto posto, acrescente-se que mais de 13% (!) do território brasileiro são “terras indígenas”, reconhecidas e demarcadas (como as colossais “orelhas” do estado de Roraima, com as inconcebíveis Reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol) estando outras 123 em processo de demarcação. Ora, só um ingênuo ou mal intencionado, não percebe o risco que corre a Integridade Territorial do Brasil, um dos Objetivos Nacionais Permanentes, eis que inúmeras “nações indígenas” poderão ser criadas, em faixa de fronteira (ressalte-se!) e reivindicarem a independência, fato que vem sendo verberado, iterativamente, por desassom-brados e autênticos patriotas, em um incansável “trabalho de formiguinha”, por meio do uso de várias mídias, máxime pela internet - com o seu efeito altamente multiplicador. Aduza-se, como corolário, que é intenção de maus brasileiros, mancomunados com ONGs nacionais e alienígenas (espiãs e espoliadoras, verdadeiros “cavalos de Tróia”) e que comungam das perniciosas políticas ambientalista e indigenista, a UNIFICAÇÃO das várias reservas indígenas do norte da Amazônia, em uma única (perdoem a redundância) e de tamanho descomunal, como já foi de há muito denunciado. Assinale-se que foi criada a Reserva Anaro que poderá unir, em Roraima, as Reservas Raposa Serra do Sol/São Marcos à Iano-mâmi; e pretendem, ainda, criar uma outra, gigantesca, com a união da Reserva Iano-mâmi às de Marabitanas, Balaio e Cabeça do Cachorro, abarcando toda a região de fronteira (repise-se!) do norte da Amazônia Ocidental com suas serras, riquíssimas em minerais raros de terceira geração...
Na realidade, desejam “balcanizar” a Amazônia – para usarmos uma feliz expressão do bravo Professor Dr. Marcos Coimbra, a partir da demolição de Estados nacionais centro e sul-americanos, em particular com a criação de uma imensa e pluricultural nação indígena - a “Nuestra América” ou “Abya Yala” -, um projeto internacional “comuno-missionário” em pleno andamento. Aos presunçosos “donos da verdade” que julgam tais considerações, fantasiosas e levianas elucubrações da “teoria da conspiração”, seria interessante que estudassem, com percuciência, guardadas as assimetrias, o que ocorreu na Bolívia sob Evo Morales.
Podemos, então, à vista do que foi mui sucintamente expendido, concluir que o nosso amado Brasil, apesar de sua invejável integração racial, não está infenso de sofrer conflitos étnicos e separatistas, até em curto prazo, ainda mais se levarmos em conta a atual política de criação de inúmeros quilombos que congregam, o mais das vezes, falsos quilombolas.
* Coronel, Historiador Militar e Advogado
NR. Esta Redação já havia recebido e diagramado os “proféticos” artigos acima, quando foi surpreendida por uma gravíssima e estarrecedora notícia do jornal “Folha de São Paulo” (25/07), dando conta de un relatório da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), subordinada ao Gabinete de Segurança Institucioal (GSI), a respeito da criação de um Estado Indígena independente, em Roraima, “com apoio de governos estrangeiros e de ONGs” e do Conselho Indigenista de Roraima (CIR) que “passou a defender abertamente a ampliação e demarcação de terras indígenas, com autonomia política, administrativa e judiciária, após o julgamento da Reserva Raposa Serra do Sol pelo STF”. Uma das preocupações da ABIN é a de que se forme “um cinturão de reservas indígenas”, as quais poderão se transformar em “nações indígenas”, sendo certo que as terras indígenas de Roraima ocupam 46% (!) da área daquele estado, onde ora se inicia um processo de desmembramento do território nacional. InFELIXmente, nem o GSI, nem o Ministério da Defesa se pronunciaram sobre o assunto, evidenciando, mais uma vez, o medo da verdade e da transparência...