A Segurança Nacional ameaçada
Tempos houve em que os problemas atinentes à Segurança Nacional eram tratados com bastante diligência. Até alunos militares, de estabelecimentos de ensino para praças, aprendiam noções básicas a respeito do assunto. Em competentes publicações, como os manuais da Escola Superior de Guerra, eram estabelecidos Objetivos estratégicos (os chamados Objetivos Nacionais Permanentes - ONP), a par de outros de ordem tática (Transitórios), já faz mais de quarenta anos. Entre aqueles, os ONP, podemos citar: a Soberania, a Democracia, a Integração Nacional, a Paz Social, o Desenvolvimento, etc. E hoje, o que ocorre? À exceção de poucos e bravos baluartes de resistência cívica como este periódico, tudo isso foi esquecido, esmaecido, confundido (inclusive, e desafortunadamente, a distinção entre Segurança e Defesa nacionais) com a introdução de "modernosos" conceitos que mais servem a intuitos ideológicos do que aos altos interesses nacionais. Basta que se leia o execrável PNDH-3 que entra em frontal testilha com os Objetivos antes alistados, sendo, a nosso sentir, a iminente eclosão de separatismo, em especial dos índios na Amazônia, a maior ameaça à Unidade da Pátria, à Paz Social e à Integração Nacional.
O que desejam os maus brasileiros? Querem ver o nosso país amputado territorial-mente, com a criação de inúmeras "nações indígenas", dividido em quistos raciais de quilombolas, sendo certo que no Brasil há uma magnífica integração racial, invejável para o mundo?
Aí estão, em deletéria atividade, ora bastante incentivados pelos pregoeiros dos "direitos humanos", os falsos ambientalistas (ecoxiitas do "movimento verde"), a FUNAI, com a sua perniciosa política indigenista e mancomunada com ONGs nacionais e estrangeiras (verdadeiros "cavalos de Tróia"), significativa parcela da "igreja progressista", os chamados "movimentos sociais" e das minorias (o espúrio MST e seus congêneres, os defensores do homossexualismo e das cotas raciais, etc, etc), tudo ensejando um futuro sombrio para a nação brasileira, que até poderá enfrentar sangrentos conflitos, não sendo isso uma fantasia, um "delírio paranóico", como já afirmaram, tantos são os exemplos da História – "A Mestra da Vida"...
E mais: o imprescindível desenvolvimento nacional, condizente com a estatura político-estratégica do amado Brasil estará comprometido, irremediavelmente, caso os movimentos ambientalista e indigenista logrem êxito em sua litania contra a construção de necessárias hidrelétricas na Amazônia - para a redução dos gargalos da infra-estrutura econômica nacional. No caso de Belo Monte, é inaceitável a insolente intromissão contra a construção da hidrelétrica, da parte do diretor de cinema James Cameron, como foi, anos atrás, a do cantor inglês Sting que rodou o mundo, junto com o cacique Raoni, o qual declarou, à época, que cortaria a cabeça de qualquer branco que tentasse construir a dita usina (diga-se, por ilustrativo, que a cruzada que os dois encetaram foi coroada de sucesso: o livro por eles lançado, com grande estrondo publicitário, ainda hoje é bastante vendido e, o principal, o Banco Mundial não proporcionou aporte financeiro ao projeto de construção que teve de ser arquivado).
Não somente por tudo o que foi até então expendido, podemos afirmar que a Segurança Nacional está em perigo!! "Miserere Nobis"!!
* Coronel, Historiador Militar e Advogado