A Amazônia e a Hidreletricidade (IX)
*Manoel Soriano Neto
Árdua é a missão de desenvolver e defender a
Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos
antepassados em conquistá-la e mantê-la.
General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970)
Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la.
General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970)

ocorreram, abalando a credibilidade do País. Porém, as coisas não param por aí.
A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, foi revoltante. Em 2005, a Astra Oil a comprou por US$ 42,4 milhões, tendo a Petrobras adquirido, em 2006, 50% das ações, por US$ 360 milhões. No ano de 2008, por força de uma cláusula de contrato que a presidente alega não ter tomado conhecimento (sendo consabido que a nossa maior estatal possui um dos melhores, quiçá o melhor quadro de especialistas em comércio exterior), a Petrobras foi obrigada a comprar os outros 50% . Assim, foi pago US$1,18 bilhão pela refinaria, perfazendo um valor - pasmemos -, 27 (!!) vezes maior do que o preço pago em 2005. E tal escândalo, aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, presidido por Dilma Roussef, somente agora, em 2014, é tornado público, isso para não falarmos do criminoso superfaturamento da Refinaria Abreu e Lima (PE), com a parceria inicial da Venezuela. Mais
ainda: a importação de combustíveis (pois não temos refinarias suficientes) em face do assustador crescimento da frota nacional de veículos, feita a preços internacionais não reajustados (a defasagem é de cerca de 30%) vem sangrando a Petrobras, impiedosamente, como afirmam analistas isentos.
Diga-se, também, que a inflação ultrapassou, de há muito, o centro da meta estabelecida e vem crescendo, assustadoramente, obrigando o Banco Central a subir cada vez mais a taxa de juros (a selic) que a gerentona (a gerente perfeita, como se afirmava, e que daria um choque de gestão no sofrido Brasil) decidiu, em plena crise econômica mundial, reduzir para 7,5%, na crença de que os investimentos destinados aos EEUU viriam para o Brasil e o consumismo interno, assaz incentivado, conseguiria movimentar a economia. Mas a fonte logo secou e o endividamento da população, hoje, é preocupante. Para completar esse quadro de sandices, mais um erro estratégico e que diz respeito a nosso Estudo (é que tudo está imbricado e basta um dos desmandos antes citados, para afetar a problemática energética), qual seja, o do chamado populismo tarifário quanto às tarifas de energia elétrica das empresas e domicílios. A partir de 2013, as contas foram barateadas em 20%, novidade anunciada pela presidente, em cadeia nacional de rádio e TV, sem que o governo raciocinasse com uma estiagem como a de 2001 e a consequente diminuição do nível dos reservatórios das hidrelétricas (atualmente em 35.40%, praticamente igual ao daquele ano, o do racionamento, de 34,53%).
* Coronel, Historiador Militar e Advogado
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