Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la.
General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970)
Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la.
General Rodrigo Octávio / 1º Comandante Militar da Amazônia (1968/1970)
Como já assinalamos, em meados da década de 2020, a geração de energia hidrelétrica terá se esgotado. Então, em boa hora, o Brasil constrói usinas hidrelétricas na Amazônia, a fim de aproveitar todo o potencial potamográfico desta exuberante região, cortada por caudalosos rios. Mas a ferrenha e
perniciosa oposição de antipatrióticos grupos de ambientalistas/indigenistas e de ONGs vem atrasando, generalizadamente, o cronograma das obras, máxime pela difícil obtenção das licenças ambientais. Outrossim, estamos incorrendo em grave erro, pois tais usinas estão sendo construídas a fio dágua, ou seja, com reservatórios de acumulação de pequenas dimensões, além da não previsão de eclusas e sem um meticuloso estudo para a implementação das linhas de transmissão (os linhões). Tais deficiências implicam na utilização, quase contínua, e já faz dois anos, das termelétricas, caras e poluentes, como complementação à energia das hidrelétricas. Assim, faz-se necessária a diversificação de nossa invejável matriz energética (abundante, renovável, barata e não poluidora). E isso também por causa do inusitado estresse hídrico e do preocupante desperdício de água por que passa o país, mormente em face da escassez de chuvas que afeta o abastecimento de grandes cidades, como a capital paulista, v.g., e encarece por demais o preçoda energia elétrica.
Destarte, o planejamento para a utilização de fontes alternativas - como as energias eólica, nuclear, solar, das marés e a da queima da biomassa - deve se iniciar desde já, sabendo-se que o Brasil é muito bem aquinhoado pela prodigalidade de sua natureza.
No artigo anterior, tratamos de forma perfunctória das energias nuclear e eólica. Acerca desta última, gostar íamos de complementar as considerações expendidas, reafirmando que ela é limpa e renovável, eis que não lança na atmosfera, gases nocivos (como acontece com o uso do carvão), tais como o dióxido de carbono (CO2), entre outros, e pode suprir o atendimento de energia, especialmente em nosso Nordeste e em regiões remotas. Além das relacionadas no artigo anterior, como desvantagem notória deve ser considerada a intermitência da geração energética, mercê da incerteza de ventos fortes e constantes, o que a torna de relativa confiabilidade. Ademais, os antipáticos parques eólicos, que modificam a paisagem dos locais onde são implantados (poluição visual e sonora - por barulhentos), não devem ser construídos em habitat de reprodução de animais e nem sob rotas de migração de aves (elas se chocam com as hélices dos cataventos). A energia eólica ainda causa interferência eletromagnética; influi no clima das regiões dos parques e exige manutenção preventiva e constante nas caras turbinas importadas, apud coronel José Gobbo Ferreira, in Dez Anos de PT e a Desconstrução do Brasil, magnífica obra que aborda, com excepcional compet ência, inúmeros problemas brasileiros de suma relevância.
Quanto à energia solar, o elevado custo das placas/células fotovoltaicas (que necessitam de grandes espaços) é um sério óbice. Só há vantagens se os painéis solares estiverem próximos dos centros consumidores ou se houver interesse da população e do mercado para produção de aquecedores solares e de energia solar volta ica-a que liga dispositivos eletrônicos. A Associação Brasileira de Energia Solar (Abens) aponta as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e São Luís, como centros propícios para a expansão dessa onerosa, mas necessária fonte de energia, ainda sem escala de produção.
* Coronel, Historiador Militar e Advogado
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